Maquiagem é o setor que concentra os maiores
investimentos da marca no país, diz vice-presidente de vendas
Eduardo Ribeiro, vice-presidente de vendas
da Avon Brasil
(Foto: Divulgação)
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Presente há 128 anos no mercado mundial e há 56 anos no
Brasil, a americana Avon se consolidou como uma das mais importantes
empresas de venda direta do mundo. Atualmente, a companhia possui mais de 6
milhões de revendedoras espalhadas pelos 150 países onde opera. Só no Brasil há
1,5 milhão.
A companhia nasceu com o objetivo de transformar
mulheres, que na época não estavam inseridas no mercado de trabalho, em
empreendedoras. “Quando chegamos ao Brasil, profissionais da Avon batiam nas
portas das donas de casa para transformá-las em mulheres de negócio. A proposta
era que elas tivessem uma segunda renda, que complementasse o salário do
marido”, afirma Eduardo Ribeiro, vice-presidente de vendas da Avon nacional.
No Brasil, segundo Ribeiro, a empresa chegou,
primeiramente, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Até hoje, a marca
mantém sua fábrica e um dos três centros de distribuição na capital paulista.
Os outros dois estão no Ceará e Bahia.
Mesmo com o passar dos anos, 99% dos revendedores da
empresa continuam sendo mulheres. No entanto, muitas deixaram de encarar o
negócio como complemento de renda para assumir um caráter mais profissional.
“Temos um programa de pontos chamado ‘Clube das Estrelas’, que premia com
automóveis as revendedoras com faturamento anual entre R$ 100 mil e R$ 1
milhão", diz. "Apesar de termos todo o tipo de revendedora dentro da
Avon, existe um incentivo, principalmente por meio de premiações de viagens e
carros, para que aquela que fatura R$ 100 por mês consiga melhorar”, afirma
Ribeiro.
A cada venda, a revendedora fica com 30% do valor do
catálogo. Elas são todas pessoas físicas e não recebem nenhum tipo de incentivo
para se tornaram pessoas jurídicas ou microempreendedoras individuais. “A Avon
é neutra nessa questão. Elas preferem ser pessoas físicas, para garantir a
possibilidade de venderem outras marcas também”, afirma.
De acordo com Ribeiro, a categoria de maquiagem é a que
recebe maior investimento da marca no Brasil. “As aplicações e os incentivos
nesse setor trazem bons resultados. Hoje, a Avon possui entre 40% e 50% do
mercado brasileiro de maquiagens”, diz.
É justamente por meio das maquiagens que a marca, já
popular na classe média, tenta atingir as mulheres da classe A brasileira. A
nova linha Luxe, com maquiagens feitas com pó de diamante negro, extrato de
safiras brancas e sedas puras, é um exemplo da nova fase da companhia.
Segundo Ribeiro, o foco da marca sempre foi e será a
venda direta. “Não temos um e-commerce, temos um catálogo virtual com produtos
a preço regular. No catálogo, podem existir promoções que não estão no online.
Outra vantagem que oferecemos é a entrega gratuita na compra direta. No site, a
pessoa tem que pagar por ela”, afirma.